sábado, 6 de março de 2010

ALQUIMIA - POR BTSE E FÁBULA


Não era uma quimera,
Ao despertar vi seu corpo
Suado junto ao meu,
Senti medo, paixão eu não sei.
Um desejo ardente, de viver,
E morrer ali com você...
E não saber onde termina eu,
Onde começa você...
Tudo que queria era estar ali
E não ter pressa de chegar
Nem de voltar ....
Ah, meu amor...
Meu viver.
O meu corpo precisa do teu corpo suado,
Ávido para viver de novo tanto prazer...
Os meus olhos visita teu o corpo
Lembrando cada marca de nosso prazer...
Onde as línguas, dentes e lábios
Narram às palavras de nosso querer...
Onde nossos beijos são eternos abraços,
E nessa guerra de corpos...
Quero me alimentar de você
E matar minha fome, minha sede...
E não mais esquecer
Quem sou eu e quem é você.
 
Alguma sugestão:

Esse verso foi feito a quatro mãos, obrigado 
a co-autora desse verso.

Um comentário:

  1. Bom dia!
    Esse verso escrito a quatro mãos me lembrou de um soneto também escrito a quatro mãos e sendo assim com inspiração e emoções em dobro!
    Parabéns Btse! ParabénsFábula!

    Soneto a Quatro Mãos

    Paulo Mendes Campos
    e Vinícius de Moraes


    Tudo de amor que existe em mim foi dado.
    Tudo que fala em mim de amor foi dito.
    Do nada em mim o amor fez o infinito
    Que por muito tornou-me escravizado.


    Tão pródigo de amor fiquei coitado
    Tão fácil para amar fiquei proscrito.
    Cada voto que fiz ergueu-se em grito
    Contra o meu próprio dar demasiado.


    Tenho dado de amor mais que coubesse
    Nesse meu pobre coração humano
    Desse eterno amor meu antes não desse.


    Pois se por tanto dar me fiz engano
    Melhor fora que desse e recebesse
    Para viver da vida o amor sem dano.


    Extraído do livro "Vinícius de Moraes - Poesia completa e Prosa", Editora Nova Aguilar S.A. - Rio de Janeiro, 1998, pág. 516.

    Não é lindo e inspirador meninas?
    Beijos!

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